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Abarth Day, um sucesso garantido!

Abarth Day, um sucesso garantido!
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“Dia de emoções fortes”

Markku Alén, de 66 anos, vencedor do campeonato do mundo de rallyes em 1978. Foi ele o “cabeça de cartaz” do Abarth Day, uma Tournée que a marca faz por vários circuitos da Europa de forma a aproximar e juntar os fãs mais entusiásticos da marca, fazendo uma montra dos seus modelos mais carismáticos com o futuro da agora marca independente, que começou como preparadora da Fiat, criada por Carlo Abarth, um Italo-Austríaco, em 1949, sediada na cidade de Bolonha.

Desde aí, a marca do escorpião (que para quem não sabe usa esse logo devido ao signo do seu fundador) tem conseguido abranger uma enorme legião de apreciadores.

O “palco” escolhido em Portugal foi o circuito Vasco Sameiro, em Braga. Este percurso de 3.020m foi construído em 1990 à volta do aeródromo local. Foi aqui o centro da Abarth na Europa, pelo menos durante esse sábado, 27 de Maio de 2017, numa das sete etapas deste evento. No recinto podemos encontrar uma exposição de modelos clássicos do preparador, onde se encontravam modelos como o 500 Abarth original, o 131 Abarth (modelo com o qual Markku Alen venceu em 1978), Ritmo Abarth, ou mesmo o 124 Spider Abarth de 1974, o primeiro carro a levar o piloto Finlandês ao lugar mais alto do pódio, precisamente em Portugal. Ao seu lado, repousa a futura geração dos Rallyes, com o 124 Spider Rally, um projecto apetecível que poderá dar lugar a um interessante troféu monomarca.

Ao olhar para estes dois carros, com tonalidades idênticas, ouvimos Markku Alen: “Na minha altura tudo era mais brutal, não é que os carros andassem mais, os de agora são mais espetaculares, mas era tudo mais mecânico e mais humano. Agora, um piloto basicamente tem um trabalho de escritório, as etapas começam as 8 da manhã, e no máximo terminam às oito da noite. Na minha altura isso não era assim, havia sempre etapas, dormíamos três horas por noite, e as provas raramente se suspendiam…” – disse o campeão do mundo de 1978.

Questionado sobre qual o carro que mais gostou de pilotar, Markku ficou reticente: “O 037 era fantástico por ser tracção traseira e pela sua beleza. O Delta S4 era uma autêntica bomba, andava muito, era super rápido. O 124 Spider foi importante por ser a primeira vitória, mas o meu preferido foi mesmo o 131 Abarth, foi com o que ganhei o campeonato, é certo que também tive o Stratos, mas o 131 Abarth foi mesmo o meu preferido, tive muita sorte…”

Fala o piloto que conta ainda mais uma história: “Cresci nos arredores de Helsínquia, comecei a conduzir muito cedo. Aos 12 anos, eu e o Timo (Salonen) passávamos horas a guiar nos lagos gelados da região. Quando fiz os 18, tirei a licença desportiva, e logo nessa semana fiquei em segundo numa prova!”

Depois destas palavras, lá entrou Markku para dar voltas ao Kartódromo a bordo do novo Abarth 124, fazendo as curvas com a sua assinatura, ou seja, de lado. Um espectáculo que fazia com que todos os convidados que foram ao seu lado, saíssem com um sorriso bem rasgado estampado no rosto!

Para quem não foi sortudo o suficiente, tinha disponíveis simuladores de condução, áreas de lazer para falar com outros aficionados ou conhecer as oficinas com as peças exclusivas para estes modelos. Por trás disso escondia-se a pista, onde era possível dar algumas voltas. Para nós, serviu como uma espécie de apresentação nacional dos novos 595 Pista e 695 XSR by Yamaha.

O primeiro conta com aplicações exclusivas que podem ser personalizadas ao gosto do cliente, com uma potência de 160cv. Este modelo é uma espécie de “mini-competizione”, já que conta com muito do seu aspecto, bem como o sistema de escape Record Monza de quatro saídas e com o sistema de suspensão da Koni com tecnologia FSD, ao mesmo tempo que tem um vasto sistema de telemetria com várias medições, ou seja, ideal para track-days como este.

Já o Abarth 695 XSR by Yamaha é bem mais exclusivo, com uma cor que emula a moto com o mesmo nome (Yamaha XSR900 Abarth). Este modelo, limitado a 695 unidades, conta com um motor 1.4 T-Jet com 165CV e o sistema de escape Akrapovic, o mesmo que é usado no 695 Biposto. O interior conta com revestimentos exclusivos e vários toques de classe, como é o caso dos bancos em pele com pespontos vermelhos.

Em pista, ambos se revelaram bastante divertidos. Nas mais de 35 voltas feitas ao percurso bracarense, sempre a “cortar segundos”, podemos constatar a boa capacidade de travagem do sistema brembo, ao mesmo tempo que a suspensão faz com que este modelo consiga ir praticamente “sobre carris”. O pequeno 1.4 T-Jet é um poço de força, disponível em toda a gama de rotações até quase às 6000rpm, de ressalvar apenas o facto de que quando somos mais agressivos na abordagem a uma curva “acordamos” o ESP, que infelizmente não é desligável. Esse é talvez o único ponto menos bom deste frenético e pequeno Italiano.

O Abarth Day ruma agora de malas e bagagens para outro local, desta vez, Hockenheim, na Alemanha, a 2 de Julho!

Fotos: Aifa/Nuno Antunes

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!