“Voltar a sentir a estrada de novo…”
Este é um artigo diferente, onde desabafo sobre a “vida moderna”, do imediato e do instantâneo, onde não podemos esperar por nada, nem ninguém. Cada vez mais, experiências anteriormente marcantes tornaram-se só mais uma “quarta-feira”, ou seja, mais um dia no meio de tantos outros que vivemos.
Mas porque falo disto? Porque acho que as viagens já não são o que eram, obviamente todos os meios de transporte são válidos, mas vivemos numa era em que momentos em família ficam divididos entre filas de assentos no avião, esperas em aeroportos e sandes sobrevalorizadas enquanto esperamos por eles. Porquê?
Porque se perdeu a cultura automóvel de viajar. Sim, eu sei que se quisermos viajar para uma distância como por exemplo até ao Azerbaijão, talvez o avião seja uma melhor ideia. Agora, por exemplo, onde está a aventura de viajar de carro?
O ano passado, fiz uma viagem de automóvel por vários países europeus, cruzando 7 países, e digo-vos: “bate aos pontos as que fazemos de aviões”.
Aqui uma ressalva: eu NÃO tenho medo algum de andar de avião, aliás, ADORO a aeronáutica e tento acompanhar ao máximo o que se passa no “mundo” da aviação. Mas, em viagens curtas, é uma espécie de “mundo frio”, clínico e pouco emocional, onde somos brindados com um comer sensaborão, pouco espaço para as pernas e uma casa que de banho que temos de partilhar com mais cem pessoas… Em viagens longas, não sejam loucos, tem toda a lógica e ainda bem que Santos Dummond e os Irmãos Wright um dia decidiram dar umas “quedas” a tentar voar e deram os primeiros passos na aviação.
“Obrigado por isso, seus malucos!”
Portanto, não entrei em nenhuma loucura com esta Peugeot Traveller que viram nas fotos, mas a vontade ficou cá. Porquê?
Porque enchi os sete lugares desta espaçosa carrinha francesa com membros da minha família, e cada quilómetro foi uma experiência. Sim, as conversas são bem mais animadas, ouvimos o que queremos, falamos do que queremos, e mais importante que tudo isso: paramos quando queremos.
Afinal, o que há de melhor do que descobrir surpresas a meio do caminho?
É essa liberdade que torna a tarefa de viajar bem mais agradável.
E aqui lembrei-me de outra coisa…
Eu regularmente faço a minha garagem do “euromilhões”. Uma espécie de exercício mental que, geralmente, me deixa mais triste do que feliz. Mas o que pensei desta vez? Que para além do familiar, o SUV, o desportivo, um automóvel deste género também estaria presente, com a “tarefa” de ser uma espécie de jato privado para a estrada, em que pudesse juntar as pessoas que gosto e partilhar com elas a experiência de viajar pelo “extenso manto de alcatrão”.
Claro que este tipo de automóveis, como a Traveller, tem as suas desvantagens. Mas, assim que me lembre, é só o tamanho que a condiciona nas cidades, mas apenas no que toca ao estacionamento, ou em ruelas apertadas nos centros históricos (foi entregue sem riscos e mossas, e isso, meus amigos, foi uma vitória!).
Tirando a questão das suas dimensões generosas, é um automóvel que não se nota de “onde vem”, ou seja, não se nota ser derivado de um automóvel comercial, neste caso da Expert, a irmã da Jumpy que testámos. O cuidado da montagem é bom, assim como o conforto em qualquer piso, os equipamentos de segurança são os mesmos que encontramos num automóvel “normal” de turismo, até mesmo no que toca à tecnologia, onde para além deles, não falta a comodidade de fichas de 220v para ligar um carregador normal de tomada, ou fichas de “isqueiro” espalhadas pelo habitáculo.
Esta unidade era ainda um pouco mais especial, já que é a Allure VIP, ou seja, conta com bancos individuais que podem ser geridos, de forma a criar uma cabine entre 2 a 8 lugares, tendo como seu ex-líbris a mesa central para “reuniões” que podem ser agora feitas numa qualquer nacional, numa praia com vista mar, ou numa área de serviço.
Onde será a tua próxima reunião? Seja de trabalho ou em família, isso é uma escolha tua!
Também conta com uma “claraboia”, no formato de teto panorâmico, dividido a meio em todo o seu comprimento, tendo aí saídas de ventilação dedicadas. Podemos ir todos quentinhos, mesmo num tempo invernoso como o que nos acompanhou nestes quilómetros que passámos juntos.
Se ficaste entusiasmado com isto, sabe que a Traveller começa nos 40.520, e pode chegar até perto dos 60 mil euros, como esta unidade, que conta com um diesel de 180cv e transmissão automática. E uma coisa é certa: tu e mais sete pessoas vivem as coisas juntos. E tal como um jantar de amigos, partilhar uma conta em conjunto é sempre melhor, não é? E esta Peugeot Traveller até nem gasta muito…
Carrega nas fotos para veres melhor esta Peugeot Traveller “VIP”: