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Hyundai i30 1.4 T-GDi

Hyundai i30 1.4 T-GDi
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“O mais excêntrico”

Depois de ter ensaiado o novo Hyundai i30 logo após o seu lançamento, na versão 1.0 T-GDi, novidade no modelo, voltamos agora ao mesmo modelo para experimentar uma outra versão: a gasolina, este 1.4 T-GDi com 140cv de potência trabalha, nesta unidade, com uma caixa de dupla embraiagem com sete relações. Portanto, temos aqui um “caso de futuro”.

Porquê, um caso de futuro? Porque muito se tem escrito acerca do Diesel ser ultrapassado pela gasolina, seja por outras formas de energia, a nível das vendas, ou mesmo devido ao seu banimento do centro de algumas metrópoles europeias, mas também por as caixas automáticas serem cada vez mais preferidas em relação às “tradicionais” manuais. Se a primeira pode demorar ainda alguns anos, na área das caixas de velocidades é mais notório a cada ano que passa, e neste automóvel isso é bem compreensível.

O Hyundai i30 é um produto bem desenhado, com linhas agradáveis e uma forma elegante, com uma frente longa e imponente graças à grelha de grandes dimensões com pormenores cromados que é ladeada por uns rasgados grupos ópticos com tecnologia LED. A silhueta é fácil de agradar, e conta com jantes de 17’’ de série, nesta versão Lauch Edition, a única disponível por enquanto. A traseira segue essa mesma filosofia, com um claro realce para o spoiler, que lhe confere um ar dinâmico.

O interior é também um caso de bom gosto, com materiais honestos e uma montagem isenta de falhas, mas ainda com outras vantagens que residem na ergonomia, numa boa posição de condução e na facilidade de utilização. Os espaços de arrumação são vários e de grandes dimensões, bem como o espaço para os cinco ocupantes, com um bom valor no que diz respeito às pernas.

Atrás dos bancos traseiros, encontramos uma bagageira de 395L, que pode ser ainda aumentada através do rebatimento assimétrico dos bancos, que formam uma plataforma totalmente plana.

Para saber mais sobre o i30, nada como ler esse nosso primeiro ensaio.

Posto isto, vamos passar para a condução desta versão 1.4 T-GDi, e perceber se os 2000€ de diferença face ao 1.0 T-GDi valem os mais 20cv de potência, se escolhermos com caixa manual.

Primeiro, a arquitectura: este motor conta com 4 cilindros, em vez dos 3 do propulsor “mil”, o que conseguirá tranquilizar muitos dos que ainda contam com o estigma deste tipo de motorizações, embora estejam completamente diferentes do que poderiam ser há alguns anos atrás, sendo agora bem mais silenciosas e eficientes. Continuando, estes 20cv extra são bem notórios logo nos primeiros quilómetros, ainda mais com a ajuda dos 71Nm de binário extra, que realmente fazem a diferença e que se notam nos momentos de ultrapassagem, estando, ainda assim, disponíveis na mesma faixa de utilização que o 1.0 Turbo, ou seja, logo às 1500rpm.

Tudo isso funciona muito bem para a caixa, outro dos pontos a louvar. Esta dupla-embraiagem com 7 velocidades é muito suave e decidida nas passagens, encontrando sempre as rotações ideais para circular, não prejudicando os consumos e conseguindo um maior conforto de utilização. Para quem necessita de mais dinamismo, existem três modos de condução: ECO, Normal e Sport, com o último a contar, como é esperado, com uma transmissão ainda mais reactiva. Em qualquer um destes modos, esta pode ser operada como sequencial, seja pelo comando de caixa ou pelas patilhas de selecção colocadas atrás do volante.

Na estrada, o comportamento do i30 é benigno, essa é a palavra certa para descrever, já que a sua naturalidade nas reacções não causa sobressaltos, ao conseguir, sem problemas, “dobrar” muito bem as curvas de uma forma eficaz, mesmo a ritmos mais elevados. Isso é conseguido muito graças ao menor peso relativamente à geração anterior, à direcção mais rápida e revista, e ao eixo traseiro com arquitectura multilink, mais competente, absorvendo também as irregularidades de uma melhor forma. E este motor consegue explorar isso ainda melhor, face ao que falámos no parágrafo anterior. Os consumos, comparativamente à versão 1.0 T-GDi, incrementam, mas pouco, cerca de 0,3l a mais por cada cem quilómetros. Fica ainda assim em valores na casa dos 7 litros a cada cem quilómetros. Continua a ser uma escolha certa? Sim, claro, se não fizer mais de 20.000km por ano. Se isso acontecer, saiba que há sempre a escolha Diesel, com o 1.6 CRDi disponível em duas variantes, com 110 ou 136cv, podendo esta última alinhar com esta transmissão DCT de 7 velocidades, sendo 2900€ mais cara que esta unidade em ensaio. É tudo uma questão de futuro…

Hyundai i30 1.4 T-GDi 140 7DCT Lauch Edition 

Especificações:

Potência – 140cv às 6000rpm
Binário – 242Nm às 1500rpm
Consumo Combinado Anunciado – 5,5L/100km
Consumo Combinado Medido – 7,0L/100km

Preços:

Hyundai i30 desde: 24.600€
Preço da Versão ensaiada com extras: 28.700€

Hyundai i30 1.4 140cv
15.8 Pontos
O que gostámos mais:
- Qualidade e equipamento, caixa DCT
O que gostámos menos:
- Consumos por vezes elevados
Resumindo e concluíndo:
O Hyundai i30 revela-se uma vez mais uma escolha segura. Bem equipado, com um motor capaz e confortável. A garantia de 5 anos sem limite de quilómetros dá uma boa ajuda à sua carreira comercial.
Motorização15.5
Perfomances15
Comportamento15.5
Consumos13.5
Interior17
Habitabilidade16
Materiais/Qualidade de construção15.5
Equipamento de Série17.5
Value for Money16.5

“A pontuação acima é totalmente da nossa opinião. Esta, tem a ver com o modelo e versão ensaiadas, tendo em conta o segmento onde a mesma se insere.”

Legenda da pontuação:
0-5: Mau;
5-10: Satisfaz Pouco;
10-15: Razoável;
15-17: Bom;
17-19: Muito Bom;
19-20: Excelente;

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!