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Honda HR-V 1.6 i-DTEC Executive

Honda HR-V 1.6 i-DTEC Executive
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“Segundo capítulo”

O Honda HR-V já andou aqui pelo MotorO2, na altura do seu lançamento. Já nessa altura não conseguimos deixar de ficar agradados com as particularidades deste modelo, que faz muito bem a junção entre o que um carro de família deve ser (espaçoso, confortável e seguro), com a parte emocional da compra de um automóvel, ou seja, ser dinâmico e divertido de conduzir bem como eficiente e que possua um bom design.

Em relação ao aspeto, esse é sempre subjetivo, mas para nós, o Honda HR-V consegue ser um produto bastante fácil de gostar, com as suas linhas muito vincadas e até um certo aspeto de coupé (fator destacado pelo puxador traseiro dissimulado). A sua frente, que é facilmente identificável como um modelo da marca japonesa, é alta e com atitude, com os faróis perfeitamente encaixados na grelha, e o para-choques baixo e dar desde logo o sinal que o HR-V é um SUV, com maneiras e não talhado para aventuras fora de estrada. Na lateral, o protagonista é o vinco que percorre toda a carroçaria, terminando no pilar C, com a linha de cintura a estar mais elevada, dando por isso um aspecto desportivo que pode agradar a muitos, acabando numa traseira também fluida, com os farolins a contarem com a tecnologia LED também encontrada na dianteira.

Abrindo a porta, encontramos nesta versão Executive muito equipamento, num interior moderno, com bons materiais e uma boa montagem, como os japoneses nos têm tão bem habituado. No tablier de linhas minimalistas, revestido a pele sintética, destaca-se o ecrã central e os comandos de climatização táteis. A posição de condução é correcta e amplamente ajustável, com o condutor a sentir que os comandos estão perfeitamente “à mão”, como é o caso da caixa de velocidades, que é sem dúvida um dos elos mais fortes e que mais valoriza a experiência de condução ao volante deste Honda HR-V. De referir ainda que, no interior, são vastos os espaços de arrumação, seja na consola central suspensa ou nas portas, com tudo a encontrar um lugar fora dos bolsos. O espaço interior, como falámos no início, é dos melhores da classe. Atrás, os bancos podem ser reclinados em várias posições e conseguem sentar bem três passageiros, devido à inexistência de túnel central. No capítulo da versatilidade, os bancos mágicos da Honda facilitam o transporte de objectos mais elevados, e que também podem ser rebatidos de forma tradicional para aumentar a já generosa bagageira, com 470L de capacidade.

No tal equipamento que falámos acima, o HR-V Executive conta já com o sistema de navegação, ar condicionado dupla zona, aquecimento para os bancos dianteiros, cruise-control com limitador de velocidade, teto de abrir panorâmico, e vários tipos de conexões, seja USB, HDMI ou Bluetooth. Conta ainda com vidros escurecidos atrás, travão de mão elétrico com função Hold e estofos em pele e tecido, bem como sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, e ainda a ajuda da câmara na traseira. Em termos de segurança, o HR-V Executive ainda conta com o alerta de colisão iminente com travagem automática e assistente de máximos.

Portanto, até agora, o Honda HR-V continua a agradar-nos na sua estética, no seu interior tecnológico, espaçoso e bem equipado. Falta ver como se porta na estrada.

E a resposta é positiva. Em cidade, o Honda HR-V parece ser mais pequeno do que os 4,29m que apresenta na fita métrica. A direção precisa e o bom peso fazem-no dobrar bem as esquinas e as curvas mais apertadas, e com a caixa bem escalonada e agradável torna-se fácil explorar o motor diesel de 120cv. O Honda HR-V consegue circular bem por estas metrópoles cada vez mais congestionadas, mas fora da cidade o HR-V mostra-se ainda mais polivalente, bastante confortável e com reacções seguras, apresenta consumos muito baixos enquanto o ruído de rolamento e do motor é baixo. Nota-se um cuidado da marca neste campo, em estradas mais sinuosas o rolamento de carroçaria é comedido, e a apresentar reacções neutras, o que vai agradar ao condutor que procura alguma dinâmica de condução, ainda que o Honda HR-V tenha dado uma grande primazia ao conforto, ao dotar de uma suspensão até algo macia, factor menos notado graças às elegantes jantes de 17”.

Neste regresso ao Honda HR-V, ficámos satisfeitos com o facto deste modelo continuar atual num segmento cada vez mais “povoado”. De reparos temos apenas a apontar, num geral da gama, que o sistema de infotenimento poderia ser mais intuitivo e user-frendly, e que a gama poderia ser mais personalizável, bem como contar com mais motores, como é o caso do 1.0 Turbo usado no novo Civic, que muito possivelmente, lhe baixaria o preço final, que neste caso, se aproxima demasiado do seu “irmão maior”, o CR-V.

Honda HR-V 1.6i-DTEC Executive

Especificações:
Potência –120cv às 4000rpm
Binário – 300Nm às 2000rpm
Consumo Anunciado (Medido) – 4,7l/100km (5,1l/100km)
Aceleração 0-100km/h (oficial): 10,1s
Velocidade máxima (oficial):192km/h

Preços:
Honda HR-V 1.6i-DTEC desde: 27.865€
Preço da versão ensaiada : 33.380€

Honda HR-V 1.6 i-DTEC
16.4 Pontos
O que gostámos mais:
- Consumos - Interior e posição de condução - Equipamento - Habitabilidade e Mala
O que gostámos menos:
- Alguns revestimentos - Preço - Pouca personalização
Resumindo e concluíndo:
O Honda HR-V é um automóvel injustamente esquecido. Tem todos os atributos que um Crossover necessita de ter: um motor económico e eficaz, um interior muito confortável e espaçoso, bem como uma dinâmica apurada. O preço é algo elevado, mas o equipamento também!
Motorização17.5
Perfomances15.5
Comportamento16.5
Consumos18
Interior16
Habitabilidade17
Materiais/Qualidade de construção16
Equipamento de Série17
Value for Money14
Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!