Ensaio by MotorO2 – Peugeot 308 1.6 BlueHDi 120

“Contra o petróleo marchar, marchar!”

O Peugeot 308 tem sido um caso de sucesso. Prova disso são os vários galardões ganhos por este modelo, graças ao seu o estilo sóbrio mas cativante, juntamente com o interior moderno e cheio de ideias inovadoras. Maior prova são as inúmeras unidades em circulação com as quais nos cruzamos diariamente.

Não sendo um modelo que nos seja estranho, desta vez vamos falar sobre a versão intermédia, a Active conjugada com o novo e frugal motor diesel 1.6 BlueHDi de 120cv.
Esteticamente falando, o Active sofre algumas diferenças para o nível acima, o Allure. O Active perde os aros cromados à volta dos vidros, as jantes passam a ser de menor dimensão e na frente o pára-choques tem um diferente desenho para albergar as luzes diurnas LED. Os faróis são também em halogéneo em vez de possuírem a tecnologia Full LED.

No interior as diferenças são menores, mas existem. Estas são verificadas no painel de instrumentos, que também conta com menos cromados, e no pequeno ecrã digital nele incluído, que tem menos funções. Mas ainda assim continua bem equipado, embora sem os luxos do Allure.

Apresentado, vamos então falar deste conjunto que aparenta ter tudo para ser o preferido dos portugueses. O motor 1.6 BlueHDI é uma evolução do 1.6 e-HDi e tornou-se menos ruidoso e de funcionamento mais suave, ganhando pelo meio mais 5cv.
E por ter Blue no nome, passa a contar com um depósito de ureia de maneira a anular de forma quase total os gases nocivos, NoX.
Este motor está disponível em dois níveis, este de 120cv e um outro de 100cv, sendo o segundo ligado a uma caixa de cinco velocidades. Já o nosso conta com a de seis, caracterizada por um manuseamento suave e decidido e um escalonamento correcto para este motor, ou seja, longo.

Embora a base do 308 seja a de um automóvel já de si bastante refinado, em andamento este 1.6 BlueHDi impressiona graças ao seu comportamento quase a fazer lembrar um motor a gasolina, sendo bastante despachado e bem insonorizado, com resposta pronta ao acelerador. O binário máximo de 300Nm está disponível às 1750rpm, sendo francamente eficaz e escondendo aquela sensação algo chata da entrada demasiado intrusiva do turbo. A caixa como disse tem um escalonamento longo, obviamente para privilegiar os consumos, factor esse que determina a escolha deste automóvel.
Com esta especificação de jantes de 16’’, o Peugeot 308 pode não ficar tão apelativo como com outras jantes maiores, mas uma coisa é certa, o conforto passa a ganhar, já que é um carro em que dá gosto viajar e nem temos de nos importar muito pela estrada em que temos de passar. E para quem pensa que com esta jante o comportamento fica a perder, está enganado, já que o excelente chassis do Peugeot anula qualquer problema, sendo bastante seguro, previsível e comunicativo em trajectos sinuosos, mesmo feitos de forma mais rápida.

Conjugando os pneus de baixo rolamento, caixa longa e motor melhorado, o 308 BlueHDi consegue “fintar” o gasto em combustível, que teima de dia para dia aumentar. Isto porque é possível que os consumos andem facilmente na casa dos quatro litros aos cem, e se não for um acelera e se manter dentro dos limites, vai ver o computador de bordo apresentar consumos na casa dos três, sem qualquer tipo de problema.

Confortável, eficaz, bem parecido e eficiente. Estes são alguns dos atributos do Peugeot 308 equipado com este motor 1.6 BlueHDi de 120cv. A versão Active está bem equipada e conta com tudo o que é indispensável. Mas se encontrar daquelas notas esquecidas nos casacos, vale sempre a pena optar pela Allure só pelos faróis Full LED. No entanto, se decidir ficar no Active, não se deixe enganar pelo tamanho das jantes, porque se gosta de conforto, estas são as ideais para si.