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Galeria: Rally Flores do Alentejo – Cidade de Serpa

Galeria: Rally Flores do Alentejo – Cidade de Serpa
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“Santos da casa, fazem milagres”

 

Foi no passado Sábado, 8 de Maio, que se realizou a 12ª edição do Rally Flor do Alentejo, na cidade de Serpa. Esta edição, que marca a abertura do Campeonato Sul de Ralis, contava com uma vasta lista de inscritos, com nomes conhecidos como Fernando Peres, Carlos Bica, assim como Ricardo Teodósio (campeão nacional em 2019) e a dupla Carlos Martins/Daniel Amaral, pilotos da terra.

E foram esses últimos pilotos que garantiram a vitória na geral, com o forte andamento do seu Mitsubishi Lancer EVO VII, com uma vantagem que se expressou em mais de quatro minutos e meio dos segundos classificados Nuno Carujo e Daniel Martins, também a bordo de um Mitsubishi Lancer. A fechar o pódio estiveram José Ferreira e Mafalda Coelho, num BMW 316 E30, com a ressalva de terem vencido também a classe de duas rodas motrizes.

Dos 34 participantes que alinharam à partida, 21 terminaram a prova alentejana, e com 13 desistências a provarem a dureza deste rally que se correu em apenas um dia.

Mas tivemos um “enviado especial”, Luís Chaveiro, que mais do que fotógrafo (e provador de pó) quis deixar algumas palavras sobre este Rally, que marca também o regresso a uma nova normalidade:

“Dia 8 de Maio começou mais cedo que o habitual, havia quilómetros para percorrer e um registo fotográfico para fazer. Saí da herdade onde fiquei hospedado, percorrendo alguns quilómetros num misto de terra batida e estrada empedrada, entrando assim no espírito do rally, em direção ao secretariado da prova em Serpa para levantamento das acreditações e identificações de “Press”.

Neste ponto, seria injusto não enaltecer o trabalho levado a cabo pela organização da Secção de Motorismo da Sociedade Artística Reguenguense, desde a promoção da prova, partilha de informação sobre o troço, listagem de participantes, disponibilidade e comunicação constante e atualizada com os meio de comunicação. Trabalho fantástico.

Acreditações levantadas, autocolantes *Press* colocados na viatura, foi altura de rever os pontos escolhidos para efetuar o registo fotográfico. Confesso que já não percorria estes trilhos há vários anos assim como já não fotografava um rally… bastou duas passagens dos carros zero (BMW Série 1 Proto e Can-AM Maverick), para levar um banho de pó e recordar a realidade de fotografar um rally – procurar sítios seguros, colocar-me no sentido contrário ao vento, montar o filtro UV para proteção da lente e colocar o soprador “à mão”, para manter a lente limpa e sem pó.

Adicionalmente, e apesar do pó, inspirei de forma profunda e expirei, nem queria acreditar que finalmente tinha feito uma viagem, ficado hospedado em turismo rural, circulado livremente, e que estava no meio de um olival rodeado de espectadores, gente da terra bem disposta e com gosto em partilhar, sempre de máscaras postas que, mesmo que não fossem obrigatórias, seriam certamente usadas. Foi quase ano e meio de restrições, com os últimos meses a serem mais penosos.

Dois sítios foram escolhidos, um em Brinches, outro em Santa Iria, ambos no final das saídas de emergência, onde foi possível deixar o carro à sombra (luxo), e percorrer uns bons metros a pé debaixo do sol característico do Alentejo e felizmente, de uma breve aragem.

Em Brinches, uma curva acentuada à direita com declive e um acentuado “túnel” no meio do troço, ponto que ainda permitiu capturar duas saídas de pista, felizmente sem consequências.

Terminado o primeiro PEC em Brinches, tempo de seguir para Santa Iria; novamente uma curva acentuada, com uma posição mais elevada e que permitiu capturar os pilotos a entrar de forma agressiva na curva.

Por último, destacar, pois é impossível não o fazer, a imponência e sonoridade do potente motor V8 da Ford Raptor da dupla Nuno Madeira e Filipe Serra, a quem ninguém conseguiu ficar indiferente.

O Sábado, acabou com umas horas de limpeza do material, um carro coberto com um dedo de pó, umas jeans e ténis que mudaram de cor para castanho e uma base de chuveiro que deu luta para limpar.” 

 Fotos: Luís Chaveiro

As classificações finais podem ser vistas na tabela oficial, aqui

 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!