“Uma família unida”
Para uma marca automóvel conseguir bons números nos mercados onde está presente, é essencial uma gama completa. A Volkswagen teve, nos últimos anos, uma forte renovação dos seus modelos. Depois de um primeiro contacto com o renovado Golf, por ocasião dos 50 anos do icónico modelo da marca germânica, testámos igualmente os novos Passat e Tiguan, dois importantes pilares da gama Volkswagen.
Primeiro, o Passat
O modelo de segmento D da marca alemã comemora 51 anos, conquistando um respeitável número de 34 milhões de unidades vendidas desde 1973.
Agora o modelo tem tarefa mais dificultada de conquistar tantos concorrentes como outrora e os responsáveis são os SUV, que têm “roubado” vendas aos modelos mais convencionais.
No entanto, o modelo tem importantes qualidades para conseguir manter os seus clientes, assim conquistar novos proprietários, nomeadamente os que procuram uma qualidade premium e que percorram longas distâncias.
Nesta geração, o Passat contará somente com a silhueta carrinha, já que era a grande responsável pelas vendas, tendo melhorado a tecnologia e aumentado bastante a autonomia da sua variante híbrida plug-in.
No exterior, o Passat está mais longo (144mm) medindo agora 4,917mm, uma dimensão generosa que se traduz num elevado espaço habitável, assim como uma bagageira de 690l de capacidade, mais 140l que a geração anterior. Em termos estéticos, o modelo segue a filosofia de outros modelos da marca, contando com uma sobriedade elegante, que pode assumir diversas facetas dependendo da versão escolhida.
O interior conta com uma elevada qualidade, subindo agora em digitalização, mais fácil de operar, com a Volkswagen a optar igualmente por retirar os elementos hápticos do volante.
A nova geração conta com o sistema DCC Pro com uma tecnologia de amortecimento de duas válvulas, para o maior conforto e dinâmica de condução.
Em termos de motorizações, o Passat conta com cinco diferentes opções. Se a escolha for gasolina, contamos com o Mild-Hybrid 1.5 eTSI de 150cv e transmissão DSG (a única disponível para o Passat), enquanto no Diesel está disponível o bloco 2.0 TDI com 122 ou 150cv. No eHybrid o cliente pode optar por dois níveis de potência: 204cv ou 272cv.
Em termos de gama, o modelo conta com quatro diferentes versões: Passat, Business, Elegance e R-Line, com a gama a iniciar-se nos 42.723€.
Ao volante
Para o primeiro contacto testámos a versão Business (aquela que deverá ter mais relevância no mercado nacional) equipada com o conjunto híbrido plug-in de 204cv, que é agora capaz de uma autonomia elétrica que faz mais de 100km em modo elétrico e é capaz de carregar até 50km em DC.
A sensação de conforto é total, o Passat rola sem qualquer esforço, com o condutor a ir numa boa posição de condução, ajudado por uma boa insonorização. No pequeno percurso optamos por utilizar apenas o modo elétrico que se revelou bastante frugal, demonstrando ser possível ultrapassar essa barreira da centena de quilómetros sem utilizar combustível.
O espaço a bordo é igualmente desafogado, num habitáculo confortável e que parece pronto para nos acolher por várias centenas de quilómetros sem parar. Tal como no Golf (e no Tiguan), para breve teremos um contacto mais prolongado com o modelo para aferir as suas qualidades com maior detalhe.
O importante Tiguan
Os anos passam, mas a importância do Tiguan não parece querer acalmar. Desde 2007 nas fileiras da Volkswagen, o modelo já conquistou mais de 7 milhões de unidades vendidas, sendo um verdadeiro best-seller para a marca. Agora, na sua terceira geração, o modelo que oferecer um “conforto premium” aos seus clientes, bem como uma maior eficiência das suas motorizações.
O modelo conta com uma imagem cativante (que resulta melhor ao vivo) com uma dimensão de 4,539mm, capaz de oferecer um habitáculo espaçoso graças a uma boa distância entre eixos (2,676mm). A bagageira é igualmente vasta, contando 652l de capacidade.
No seu interior, a alta qualidade une-se com o design mais moderno. Para além do bom cuidado com a insonorização, o infotainment renovado podendo atingir até 15’’ polegadas é um dos destaques no interior, a par com as decorações retro iluminadas ou os bancos ergoActive.
Mas o ponto de destaque vai para o novo seletor de experiência de condução, um botão de rotativo (onde outrora se situava o seletor da transmissão) que permite escolher qual o perfil de condução que desejamos, a atmosfera de iluminação ou o volume, melhorando a ergonomia a bordo.
Os faróis IQ.Light Matrix HD contam com uma elevada projeção de luz (19.200 pixels), variável face às condições da estrada e do trânsito.
Tal como o Passat, a gama Tiguan está igualmente dividida em quatro diferentes níveis de equipamento: Tiguan, Urban, Elegance e R-Line. No que diz respeito a motorizações contamos com dois níveis de potência para o motor gasolina Mild-Hybrid 1.5 eTSI com 130 ou 150cv, ambas com transmissão DSG.
O mesmo acontece com o Diesel, que está disponível com 150cv ou 193cv ambos graças ao motor 2.0 TDI, com este último a contar com tração integral 4Motion.
O eHybrid está igualmente presente, com 204 ou 272cv, igualmente com a autonomia elétrica superior a 100km e carregamento rápido de até 50kW.
A gama Tiguan está disponível desde 38.068€
Ao volante
Desta vez foi o TDI de 150cv o eleito para o primeiro contacto. Uma proposta ainda muito lógica para quem percorra longas distâncias. O Tiguan foi o modelo que testámos por menos tempo, mas que deu para entender igualmente um excelente compromisso entre a boa sensação de condução e o conforto, com uma insonorização que igualmente se destacou.
O peso dos comandos pode ser também destacado, num automóvel que é o Golf dos SUV, mostrando ser um salto bastante notório face ao T-Roc, em todos os campos.
O motor Diesel revelou-se suficientemente suave, com a transmissão a agir de forma irrepreensível, com o comando a ser igual ao utilizado nos modelos ID. (e no Passat), ou seja, na coluna de direção.
Conclusão
A marca alemã tem agora uma gama capaz de a fazer regressar a lugares mais cimeiros do top de vendas nacional. O Passat e o Tiguan são importantes modelos para o cliente empresarial, assim como para o cliente particular graças aos seus propulsores eTSI, que devem ser tomados em conta graças ao binómio de custo de aquisição mais comedido, oferecendo prestações e consumos bastante aceitáveis.
