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Suzuki Ignis 1.2 SHVS GLX

Suzuki Ignis 1.2 SHVS GLX
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“Ignis: A Caixa mágica”

Surpresa. Daquelas sensações que, mesmo quem diz que não gosta, está a mentir. Nesta lide de ensaiar automóveis, isso é cada vez mais uma sensação rara, já que “vivemos” numa altura muito boa em que, efectivamente, não há automóveis maus.

E porque comecei o ensaio ao Suzuki Ignis com a palavra surpresa? Porque foi isso mesmo que este modelo me causou nos primeiros quilómetros em que nele circulei.

A sua silhueta é inconfundível, cheia de pormenores em contraste, com jantes de 16’ negras tal como o tecto, que dão uma imagem mais excêntrica, ao mesmo tempo que o aspecto vintage bebe inspiração do Suzuki EC1 dos anos 70, facto mais visível no desenho do pilar C. O seu aspecto ‘boxy’ faz lembrar também os “SUV da moda”, que vencem mais quota de mercado a cada dia que passa, sendo este Ignis bem mais pequeno que qualquer uma dessa propostas, já que assume apenas um comprimento de apenas 3,70M e uma estreita largura de 1.69M, com uma altura de 1,59M.

Estes valores podem não fazer esperar muito do interior do Suzuki Ignis, mas não podiam estar mais enganados.

Somos recebidos num habitáculo em que a vista “foge” imediatamente para várias aplicações coloridas, neste caso azuis como no exterior, seja à volta das saídas de ventilação, na consola central ou nas pegas das portas, estes elementos dão uma jovialidade extra a este modelo. Ponto de destaque ainda no capítulo do desenho está na escolha de um tablier claro, a contrastar com a parte superior em preto, que embora possua matérias rijos, é bastante robusto, não havendo falhas de montagem.

A posição de condução é mais elevada, com uns bancos que dão um bom apoio ao condutor e passageiro. A posição de condução é fácil de encontrar, embora o volante não seja ajustável em profundidade. Atrás viajam confortavelmente dois passageiros, nos assentos individuais que podem ser regulados através das calhas no piso que fazem variar o espaço para as pernas, ou a capacidade da mala. No espaço para os passageiros, a grande vitória do Ignis é mesmo o espaço para a cabeça, graças ao seu formato. A mala apresenta 260L, podendo ser aumenta através do rebatimento dos encostos dos bancos traseiros até aos 514L.

Depois disso, o que importa é o equipamento, e neste campo, o Suzuki é líder absoluto na sua classe:

Sistema de navegação que se esconde no ecrã táctil central, que também inclui o sistema Bluetooth, CarPlay e Android Auto, rádio digital DAB e ainda ligação Auxiliar e USB. No capítulo do conforto e segurança, contamos com a chave de arranque e acesso mãos-livres, câmara de estacionamento traseira, assistente à faixa de rodagem, travagem automática de emergência, cruise-control e limitador de velocidade, bancos aquecidos, ar condicionado automático, bem como limpa-vidros e luzes também com accionamento automático. Sim, o Ignis é um modelo de segmento A!

Se parado o Ignis convence, o que podemos esperar em andamento?

A ficha técnica informa-nos que contamos com um motor 1.2 a gasolina de 90cv, auxiliado pelo sistema SHVS (tal como o Swift), que é um sistema micro-híbrido que fornece uma potência extra, sendo para isso auxiliado por uma bateria de iões de lítio, que apoia o motor de combustão de acordo com as necessidades do momento, sendo “recarregada” nas desacelerações e nas travagens. Esta ajuda revela-se útil no trânsito citadino, o que em conjunto com o sistema Stop/Start se revela uma poupança certa e um maior intervalo de tempo entre abastecimentos, com os consumos, mesmo neste local mais ‘mexido’, a ficar nos 5L/100km.

Fora da confusão citadina, o Ignis parece ser de um segmento acima, com uma grande compostura e uma suspensão que filtra bem as irregularidades, ainda que o seu peso de apenas 835kg e a sua curta distância entre eixos se faça sentir na passagem de lombas. Tudo normal, portanto. A direcção tem um bom tacto, bem como os restantes comandos, a primarem pela suavidade de utilização e pelo conforto, e nem aqui os consumos sobem, já que a caixa está bem escalonada para percursos extra-urbanos.

No final, reflectimos porque é que a Suzuki não vende muito mais, impressão essa que aumenta ainda mais quando reparamos no preço final: menos de 15 mil euros se usufruirmos da campanha em vigor, para um automóvel tão bem equipado como este. Portanto, com um look arrojado e jovem, um interior espaçoso e muito tecnológico, com enfoque na segurança e um motor bastante eficaz e eficiente, o Suzuki Ignis torna-se numa proposta apetecível.

Suzuki IGNIS 1.2 SHVS GLX 2WD

Especificações:
Potência – 90cv às 6000rpm
Binário – 120Nm às 4400rpm
Consumo Combinado Anunciado – 4,3L/100km
Consumo Combinado Medido – 5,0L/100km
Aceleração 0-100km/h (oficial): 11,8s
Velocidade máxima (oficial): 170km/h

Preços:
Suzuki Ignis desde: 13.500€
Preço da versão ensaiada: 17.309€
Preço da versão ensaiada (com campanhas e pintura metalizada) – 14.734€

 

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!