“O nome está certo”
O Škoda Superb, é o sinónimo de topo de gama da marca integrante do gigante Grupo Volkswagen. Agora, na sua quarta geração, o modelo cresce ainda mais na sua dimensão e assume um novo estatuto tecnológico, garantindo uma ampla escolha de motorizações. Tudo elementos que melhoram (ainda mais) a sua componente familiar.
Testámos a versão mais premium, Laurin & Klement, equipada com a motorização híbrida plug-in de 204cv.
Exterior
Assumidamente Škoda, o novo Superb conta com linhas elegantes e evolutivas face à anterior geração. Assente na plataforma MQB Evo, o modelo conta com 4902mm de comprimento, o que se traduz num comprimento 40mm superior face à geração precedente, assim como é 5mm mais alto, mas 15mm mais estreito, a distância entre eixos permaneceu inalterada, com 2841mm. Para ser ter uma ideia da sua dimensão, este novo geração Superb é 220mm mais longo que um Octavia, o modelo de segmento C.
Ainda antes de falar da sua estética, o Superb é também mais aerodinâmico, melhorando 15% face à anterior geração, o que traz benefícios no capítulo dos consumos.
Agora sim, a estética. A elegância está bem patente nesta nova geração do Superb que, muito dificilmente, merecerá reparos. A nova grelha octagonal é o ponto que mais se destaca na longa dianteira, que conta com um pilar A mais inclinado. Os novos faróis LED Matrix contam com um desenho mais elaborado, com novos elementos interiores.
As linhas estão bem demarcadas, unindo a sobriedade de um automóvel familiar deste segmento, com a robustez e elegância necessárias para conquistar o cliente. As jantes, de 18’’ de série nesta versão, são felizes no seu desenho, mais ainda por contarem com uma cor integral, que contrasta com a pintura negra desta unidade. Os elementos em cromado conferem (e confirmam) a uma sensação de estarmos perante uma proposta mais premium. Atrás, a secção traseira está bem resolvida com uns farolins mais esguios que ajudam a aumentar a sensação de largura, enquanto o nome Škoda nos pretende tirar qualquer dúvida que estamos perante uma criação da marca de Mladá Boleslav.
Em termos de cores, o novo Škoda Superb pode contar com 8 diferentes escolhas, dependendo da versão eleita. Enquanto existe um grande lote de escolha para as jantes, que podem ir desde as 16’’ até às 19’’ polegadas.
Interior
Com umas dimensões generosas, é de esperar um interior com uma elevada habitabilidade, o que se confirmou, bem como também se atestou um “salto” a nível tecnológico, sem perder a qualidade.
O desenho é clean, com uma nova estrutura de gama que permite diferentes seleções de design, que no caso desta versão Laurin & Klement, conta com este Cognac, que lhe confere um toque de classe. Os bancos são bastante confortáveis, assim como oferecem uma boa posição de condução, enquanto o tablier conta elementos que merecem destaque.
Começando pelo sistema multimedia, é novo e conta com 13’’ polegadas, uma verdadeira evolução face à anterior geração do modelo, contando ainda com um novo software, mais avançado, que permite uma maior personalização dos ecrãs, bem como atalhos para que a ergonomia não saia prejudicada. O sistema permite ainda um assistente de voz (que se chama Laura) melhorado, que pode agora contar com a ajuda do ChatGPT.
Mas neste interior o maior ponto de destaque são os Smart Dials, três elementos que combinam o háptico com o digital de forma a conseguir aliar diversas funções em três botões.
Estes três elementos, contam, cada um deles, com um ecrã de 32mm e que permitem controlar funções como a temperatura e o aquecimento ou arrefecimento dos bancos, enquanto o central permite selecionar o volume, a velocidade da ventoinha, bem como os modos de condução. Uma solução engenhosa que nos leva em direção a um caminho onde nem tudo depende do ecrã do sistema multimedia.
Agora, ainda na frente, podemos reparar na qualidade, não apenas visual, mas também tátil deste modelo. Os materiais são agradáveis ao toque e a montagem parece isenta de falhas, com pormenores como as bolsas das quatro portas a estarem forradas. Destaque igualmente para os vastos espaços de arrumação.
Atrás, o espaço é confortável para três adultos, mesmo que exista um túnel central que rouba um pouco de espaço. A bagageira conta com uma volumetria 30l superior, totalizando uns colossais 690l de capacidade. Aqui, realce para as soluções de separação de carga, modulares, assim como para a chapeleira elétrica que conta ainda com uma separação especifica para um chapéu de chuva molhado, que pode ser, por exemplo, o que se esconde nas portas dianteiras, um dos vários pontos simply clever do interior.
Condução
Numa gama que conta com motorizações gasolina Mild-Hybrid, Diesel e Plug-in, para esta primeiro Teste Completo contamos com a grande novidade do renovado sistema PHEV, que conta agora com uma maior bateria, o que lhe dá uma superior autonomia, assim como uma capacidade de carregar de forma rápida. Será que resulta?
Este conjunto é composto por um motor 1.5 TSI com 150cv, que a par com o motor elétrico oferece 204cv de potência combinada. Essa potência é enviada às rodas dianteiras graças a uma transmissão DSG de 6 velocidades. No que diz respeito à bateria, a sua capacidade é agora de 25,7kWh – mais ou menos o dobro da anterior – que se transforma na possibilidade de percorrer até 120km sem “tocar” na gasolina.
E podemos dizer que isso é muito bem possível. Nos primeiros 100km (até aos 109km) apenas utilizámos o motor elétrico. Numa utilização ainda mais descomprometida, conseguimos esgotar antes de tocar na centena de quilómetros, em autoestrada, conseguindo um valor de 0,3l/100km. Depois disso, com a bateria “vazia”, o Superb continua a impressionar com consumos reduzidos, conseguindo continuar viagem sem penalizar em demasia, fazendo entre 5,6 e os 7l/100km, dependendo do percurso, graças a um motor elétrico que ainda continua a cumprir conseguindo regenerar e utilizar a sua potência para auxiliar o 1.5 TSI.
Dinamicamente o Superb impressiona também, aliando um elevado conforto com um reduzido rolamento de carroçaria. As jantes de 18’’ são a escolha ideal para isso, já que têm uma suficiente “parede” de pneu para absorver as irregularidades, com este Škoda a destacar-se igualmente pela boa insonorização conseguida.
O sistema DCC permite ainda “afinar” o Superb às nossas necessidades, graças a aos novos amortecedores com duas válvulas que permitem um controlo separado do “rebound” e da compressão, reagindo mais eficazmente. São de série nesta versão Laurin & Klement.
No que diz respeito aos carregamentos, que dissemos serem mais rápidos, podem agora atingir os 50kW em AC, demorando apenas 25 minutos para recarregar dos 10 aos 80%. Já que falámos da bateria, o depósito de combustível conta com uma capacidade de 45 litros, o que permite uma boa autonomia, mesmo sendo um PHEV.
Conclusão
O novo Škoda Superb é um dos automóveis mais completos do mercado e pode lutar sem medo com as propostas premium, basta que assim o cliente queira. É mais uma vez uma escolha inteligente, mas que não perde nada em estética ou qualidade e tecnologia. O modelo está dotado de linhas elegantes, um interior agradável e com a mais recente tecnologia do mercado. O seu sistema híbrido plug-in já deu o “salto” para a nova geração, enquanto o comportamento competente e confortável faz o resto. A gama está disponível desde 41.782€ para a Berlina equipada com o 1.5 TSI mHEV de 150cv, com esta unidade PHEV, topo de gama, a custar 59.752€, o que é, ainda assim, muito aceitável tendo em conta o que esta proposta oferece.
