
“O topo…por enquanto”
Este é o Polestar 3, o novo topo de gama da marca 100% elétrica. E não se deixem enganar, este SUV é mesmo o novo porta-estandarte da marca, já que a sua ordem de modelos é sequencial, ou cronológica, como preferirem.
Para as primeiras impressões ao volante deste novo Polestar, rumámos – ou neste caso voámos – novamente até Madrid, para os Test-Drive Ibéricos deste novo modelo. A primeira impressão estática é de que estamos perante um verdadeiro SUV, embora conte com uma imagem mais atlética, devido a ser bastante esguio e compacto, fator conseguido graças a um enorme cuidado com a aerodinâmica. E não é preciso estar muito atento para perceber isso, já que o Polestar 3 distingue-se pelas duas asas (dianteira e traseira) que conduzem o ar, criando o mínimo de atrito possível.
No interior, contamos igualmente (tal como no Polestar 4) com um grande nível de qualidade e cuidado com a apresentação, assim como uma elevada dose de tecnologia. Destaca-se a experiência do utilizador, conseguida pelo sistema operativo Android Automotive, com o ecrã central a ser o centro de todos os controlos, organizado de forma logica e intuitiva, aqui numa posição vertical como no Polestar 2.
Ainda assim, contamos com um painel de instrumentos dedicado, onde encontramos todos os elementos informativos necessários para a tarefa de condução, assim como uma excelente posição de condução graças a uma ampla regulação do assento e de um volante com uma dimensão e pega sem merecer quaisquer reparos.
Atrás, o Polestar 3, assente na plataforma SPA2 (a mesma do Volvo EX90) assume um bom espaço para os passageiros e uma volumetria de bagageira combinada (dianteira e traseira) com 516l de volumetria, oferecendo ainda a possibilidade de “baixar” a plataforma de carga graças à suspensão a ar que este modelo conta.
Ao volante
Para este primeiro contacto, calhou-nos a versão Long Range Dual Motor com Performance Pack, não nos queixámos. Ou seja, tração às quatro rodas graças aos dois motores que oferecem em conjunto 380kW. Ou seja, 517cv e um binário de 910Nm. Percebem porque não nos queixámos?
Isto une-se a um modelo que mesmo com 4,90m de comprimento e um peso que pode ir até aos 2670kg, consegue cumprir um arranque até aos 100km/h em 4,7s.
Independentemente da versão do Polestar 3 eleita, ao contrário dos outros modelos da marca, todos contam com um sistema de travagem Brembo, o que demonstra a preocupação dinâmica com este modelo, que não quer deixar a performance para trás, mesmo sendo um SUV de dimensões generosas. O modelo conta ainda com um sistema de vectorização de binário mecânico, que com o auxílio de uma dupla embraiagem, consegue transferir a potência para as rodas que mais necessitam num determinado momento.
Este sistema foi bem sentido no trajeto que ligou Madrid a Segovia pelas estradas retorcidas de Nevacerrada, onde pudemos comprovar a agilidade deste Polestar. A suspensão pneumática adaptativa TVDC BorgWarner, pode ser ajustada em três níveis de dureza, consegue adaptar-se ao estilo de condução e aumenta o nível de manobrabilidade, o que em conjunto com modo ESP desportivo, torna-o mais permissivo, deixando-nos sair dos “ganchos” de forma mais rápida (e divertida). Os 517cv (e o peso generoso) deste SUV não se mostraram demasiados para o sistema de travagem, que conseguiu manter a sua mordida com eficácia.
Em trajetos de autoestrada foi igualmente possível notar o conforto deste conjunto, assim como o cuidado com a insonorização, que chegará a um novo patamar na versão MY25 (conduzimos a Launch Edition MY24) que contará, em conjunto com o sistema Bowers & Wilkins com 25 Colunas e 1610w de potência, com o sistema Dolby Atmos e cancelamento de ruído de estrada.
Em termos de gama, o Polestar 3, que é igualmente o mais sustentável de todos os modelos, estará disponível em três variantes: Long Range Single Motor com 220kW (290cv) e uma autonomia de 650km, o Long Range Dual Motor com 360kW (489cv) e uma autonomia de 631km e este Long Range Dual Motor com Performance Pack com os seus 380kW (517cv) e uma autonomia máxima de 561km.
No que diz respeito aos preços, a gama começa nos 83.400€ para a versão com um motor, passando para os 90.400€ para a versão intermédia até aos 97.000€ para a mais potente.
O carregamento da bateria de 111kWh pode ser feitos até 250kW em DC ou 11kW (por enquanto) em AC. Para breve vamos ter a companhia deste modelo para um Teste Completo.
Até lá, podemos dizer que Polestar está no bom caminho, com um modelo verdadeiramente apaixonante e que demonstra que é possível fazer as coisas de maneira diferente, sem perder a personalidade.