“Retoques ténues”
O facelift de um dos mais importantes modelos Europeus é sempre importante, por isso, aproveitem para ver o que mudou no modelo que foi apresentado hoje. Já se previa que as alterações não seriam muito visiveis, mas o Volkswagen Golf foi mostra que mudou onde era necessário, com o ponto de destaque a ir directamente para o novo motor 1.5 Turbo a gasolina.
As mudanças previsivelmente subtis do exterior confirmaram-se. Esta mudança de meia idade quer manter o Golf actual até à chegada do novo modelo, que promete um grande corte no estilo, mas esse só chega em 2019.
No campo exterior, o Golf, optou por evoluir pouco em vez de revolucionar, uma medida tomada por muitos, mas que agrada a poucos, é um ponto positivo no campo do valor residual, algo que os alemães dominam.
Na parte dianteira, o pára-choques ganham novos vincos, a exibir um novo padrão na grelha. Os faróis que foram revistos, com novo arranjo, o mesmo acontece na secção traseira, os farolins passam a receber tecnologia LED. As cores e jantes também foram alteradas, com novas escolhas.
Mas é no interior que se encontram o maior número de mudanças neste restyling da sétima geração Golf. Para este “novo” modelo, reviram-se os materiais, bem como os frisos, o tablier e a consola central. Fica assim, mais em linha com os outros modelos mais recentes da gama, o modelo passa a receber o novo monitor de alta definição, Active Info Display opcional de 12.3’’, que toma o lugar do painel de instrumentos analógico.
O Active Info Display tem cinco perfis de informação diferentes, com a sua decoração a depender do modelo, com o GTI a receber um tema predominantemente vermelho, enquanto que o GTE usa, principalmente, a cor azul.
Mas ainda mais importantes são as atualizações trazidas para os vários sistemas de infotainment oferecidos no Golf. O modelo facelifted recebe cinco sistemas opcionais touch, com ecrã maior e sistemas inovadores.
Os antigos ecrãs de 5 polegadas foram substituídos por uns mais modernos de 6,5’’ polegadas, enquanto os ecrãs 6.5’’ Composition Media e Discover Media deram espaço para os maiores com 8 polegadas. O sistema mais avançado, o Discover Pro 8.0’’ passa agora a ter 9,2’’ polegadas touch, comando de voz e controlo gestual, algo até agora só reservado para modelos de luxo.
Juntamente com estes novos sistemas de infotainment opcionais, surgem também as últimas gerações dos de serviços de conectividade, incluindo o actualizado App Connect que permite a interação com as versões mais recentes do Apple CarPlay, Android Auto e MirrorLink.
O modelo mais vendido da Volkswagen adopta também um maior número de novos ou atualizados sistemas de assistência ao condutor. O Traffic Jam Assist, sistema de cruise-control que aplica automaticamente os travões para facilitar a condução em pára-arranca no transito, permanecendo activo até aos 60km/h. O Emergency Assist, avisa o condutor e posteriormente, inicia uma travagem de emergência em caso de possível colisão.
O Lane Assist plus também ganhou novos atributos, foi corrigido, tal como o sistema de travagem de emergência da cidade atualizado que ganha agora a detecção de pedestres. O Park Assist chega à versão 3.0, que oferece um estacionamento semi-autónomo em lugares paralelos e perpendiculares.
No campo dos propulsores a novidade vai para o novo motor 1.5 turbo a gasolina, que substitui o 1.4 TSi.
O novo motor 1.5 de quatro cilindros, que alimentará vários novos modelos, é um desenvolvimento do motor EA211. Este baseia-se num grande número de soluções engenhosas, já trazidas pela Audi. As novidades incluem um novo processo de combustão baseado no princípio do ciclo Miller, um turbocompressor com geometria variável e o Active Cylinder Management que desliga dois dos Cilindros quando não são necessários, tudo de maneira a conseguir uma maior economia de combustível.
Este motor tem dois níveis de potência. O de 150cv apresenta um binário de 249Nm às 1500rpm, conferindo a mesma potência que o 1.4 TSi que vai substituir. Não foram revelados dados sobre o seu desempenho, mas a Volkswagen cita que o consumo de combustível foi melhorado com o ciclo combinado a ser de apenas 5l/100km e 110g/km.
A versão mais económica deste novo motor terá 130cv e usará a nomenclatura BlueMotion. O binário desce para os 200Nm mas igualmente os consumos, com a Volkswagen a anunciar que esta variante consome apenas 4,6l/100km, com as emissões a serem de 105g/km.
O Golf GTI passa a contar com mais 10cv, ou seja, a versão normal do GTi passa a debitar 230cv enquanto o Performance fica a desenvolver 245cv.
O Golf GTE não foi esquecido, mantém o mesmo motor, ou seja, um 1.4 de 150cv que trabalha em conjunto com um motor eléctrico de 102cv, o que dá um valor total de 204cv e um binário máximo de 350Nm.
Na próxima semana , a Volkwagen irá apresentar durante o salão de Los Angeles, o novo eGolf. Este irá adoptar uma bateria de iões de lítio com 38,5kWh no lugar da actual unidade de 24,2kWh isso também servirá para aumentar a autonomia até aos 300km!
A transmissão também sofreu alterações, com a inclusão de uma nova caixa de dupla-embraiagem DSG de 7 velocidades, que é proposta em opção à transmissão manual de 6. Esta nova DSG substitui a anterior de seis relações, aumentando a eficiência e reduzindo a emissão de CO2.
O novo Volkswagen Golf deverá chegar ao nosso mercado já no final deste ano.
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