Home Ensaios Renault Clio GT Line 1.5 dCi 110

Renault Clio GT Line 1.5 dCi 110

Renault Clio GT Line 1.5 dCi 110
0
0

“A segunda fase”

O Renault Clio é um modelo incontestável no seu segmento, líder de vendas na Europa e que passa obviamente pela cabeça do consumidor na altura da escolha de um novo automóvel deste género. Como tem sido normal neste modelo, existe sempre uma Phase 2, e essa chegou agora à quarta geração deste best seller da marca francesa.

O Clio foi renovado cirurgicamente, mas onde mais precisava. Passou a contar com novos detalhes exteriores, felizmente não fugindo muito do bom exercício de estilo de Van der Acker, recebendo pelo caminho um novo desenho nos grupos ópticos, bem como novas jantes e cores.

Visto de frente, o Clio está mais agressivo, mas também mais sofisticado, ainda para mais nesta versão GT Line, em ensaio. O novo para-choques conta com novos cromados de contraste, bem como umas entradas de ar mais pronunciadas. Os olhos passam imediatamente para os novos faróis dianteiros, Full LED, que “roubam” as luzes diurnas da grelha para o seu interior. Estes, para além de uma interessante assinatura luminosa, garantem uma excelente luminosidade durante a condução noturna.

Atrás, as alterações são mais ténues, apenas de notar os novos farolins, com novo desenho interior, e mais escurecidos.

Mas é no interior que os detalhes contam, e muito!

O Clio IV desde cedo foi criticado, não devido ao desenho do seu interior, mas sim sobre alguns dos materiais usados que não seguiam bem o padrão do segmento. A Renault ouviu, e não mudou o desenho, mas sim os revestimentos. Os plásticos duros, passam a ser mais “aborrachados”, a grelha de ventilação central, que outrora tinha aspecto frágil, “tomou proteína” e está mais forte, os cromados passaram a ser acetinados e os bancos recebem mais apoio, ainda mais notório nesta versão “pseudo-desportiva” GT Line.

O equipamento interior é vasto. Contamos de série com sistema de navegação, cruise-control com limitador de velocidade, espelho electrocromático, bem como sensor de luz e chuva. O ar condicionado automático também faz parte dos elementos de série, bem como os sensores de estacionamento traseiros (esta unidade contava ainda com câmera e sensores à frente, 300€). O volante em pele perfurada, os pedais em alumínio, bem como a manete desportiva são elementos exclusivos, que o diferenciam das demais versões.

O espaço interior permanece o mesmo não havendo alterações nas quotas de habitabilidade, com a bagageira a continuar a contar com 300L de capacidade.

Mas agora, e talvez o mais interessante, é que é também nesta versão que podemos ver uma outra inclusão feita neste restyling: o muito pedido 1.5 dCi de 110cv, que está aliado à caixa manual de 6 velocidades, e que faz com que o Clio passe a ser um automóvel ainda mais polivalente.

Isso confirma-se logo nos primeiros quilómetros ao volante, onde a resposta destes 110cv se notam bem face aos 90 que estavam (e ainda estão) disponíveis. A resposta é mais imediata, e beneficiada pelo escalonamento da caixa de velocidades, de curso curto e de engrenagem fácil e suave. Em auto-estrada, a velocidade cruzeiro é mais facilmente mantida, e os consumos pouco alteram devido à “sexta” que faz poupar.

Para além disso, o Clio fica mais entusiasmante de se conduzir, não só em auto-estrada, em parte porque a Renault aproveitou esta revisão para melhorar a afinação das suspensões. Por isso, o Clio continua a ser bastante confortável como antes, mas nota-se agora uma superior agilidade, apresentando menos rolamento de carroçaria, o que aumenta a confiança do condutor nas abordagens às curvas mais fechadas.

Em condução mais rápida, (embora não seja esse o seu target), o Clio GT Line conta com um chassis informativo, que torna a condução divertida e segura. A posição de condução baixa em conjunto com os bancos de elevado apoio “seguram-nos” nas curvas,  mas o volante podia ser ligeiramente mais pequeno para não merecer reparos.

E no final de tudo isto: vale a pena o Clio com este novo motor de 110cv? Se puder dispensar os mais de 3000€ que o afastam, claro que sim. A superior resposta dos 110cv notam-se, bem como a mais agradável caixa manual de seis relações. O Clio fica mais estadista, mas no geral, o modelo, passa a ter mais qualidade no seu interior, continuando a ser um produto com espaço, confortável e dono de um design agradável.

Renault Novo Clio Energy dCi 110 GT Line

Especificações:

Potência – 110cv às 4000rpm
Binário – 260Nm às 1750rpm
Consumo anunciado (Medido) – 3,5l/100km (5,0l/100km)

Preços:
Gama Novo Clio desde: 15.150€
Renault GT Line dCi 110 desde: 22.820€
Preço da unidade ensaiada: 24.660€

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!