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Sete modelos que acabam a sua carreira em 2019

Sete modelos que acabam a sua carreira em 2019
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“Despedimo-nos da década com despedidas”

Cada ano vê o fim de certos modelos, e destes que aqui falamos alguns não terão sucessores, já outros irão contar com novos nomes e uma “mudança de identidade”. Decidimos juntar sete modelos que terminaram a sua carreira no último ano desta década.

 

  1. Alfa Romeo 4C

Começamos por aquele que é o modelo da lista que melhor conhecemos. O Alfa Romeo 4C passou por cá em formato Coupé, e depois no Spider. No seu lançamento, este modelo prometeu (e cumpriu) ser um supercarro de preço mais comedido, que se destacava por uma construção em alumínio e carbono, assim como um motor turbo montado em posição central.

O seu peso, abaixo de uma tonelada, colocava-o como principal rival do Lotus Elise, e até do Porsche Cayman. O Alfa 4C era ligeiramente mais tecnológico, mas “visceral” à sua maneira, e contava com uma transmissão DCT de seis relações que trabalhava juntamente com o motor 1750TBi de 240cv, mas que para alguns tirava a emoção de condução.

O seu final já era esperado, já que só se produzia a versão Spider.
O fim chegou para este modelo que era produzido na fábrica da Maserati, em Modena.

 

  1. Abarth 124 Spider/Fiat 124 Spider

Este foi um caso curioso. No início, os rumores começaram por dizer ser possível uma parceria entre a Mazda e a Alfa Romeo, para construir um sucessor para o Alfa Romeo Spider. Na verdade, o MX-5 “italiano” foi mesmo para a Fiat, como sucessor “espiritual” do 124 Spider. No papel tinha tudo para correr bem…

Mas havia um “pequeno problema”: o seu local de construção, em Hiroshima, no Japão. Isso tornou a logística um pouco complicada, já que os motores usados eram FCA e não Mazda. Por isso, ao contrário da Mazda, o Fiat usava um 1.4 Turbo de 140cv, e o Abarth uma versão mais “vitaminada” do mesmo bloco, mas com 170cv. Esteticamente, diferenciava-se da proposta japonesa, mas infelizmente não vingou.

Podemos agradecer ao 124 Spider, porque talvez sem ele, o Mazda MX-5 podia não vir a ter um sucessor tão digno ao NC, como o ND foi. Na verdade, este modelo merecia mais, porque um spider italiano, é o que todos queremos…

  1. BMW Série 1 (Tração traseira)

Este é o único modelo da lista que tem já um sucessor, e com o mesmo nome. Mas aqui o que mais importa é que o BMW Série 1 (F20) foi o último modelo de segmento C a contar com uma arquitetura de tração traseira e motor longitudinal. Era uma espécie de “devaneio” que a BMW ainda se dava ao luxo de fazer.

Contudo, as economias de escala das plataformas ditaram o fim do modelo, que passa a usar o mesmo tipo de tração dianteira (e mais normalizada) do BMW Série 2 Active Tourer e dos Mini, marca que também pertence ao universo BMW.

Para além disso, o modelo perdeu igualmente os seus bem característicos seis cilindros das versões mais potentes, como o M135i e M140i. Agora, esse M135i é um 2.0 Turbo de quatro cilindros…

  1. Mercedes-Benz SLC

Este também o testámos, e na altura compreendemos que o fim podia estar perto. A Mercedes inventou uma coisa chamada “automóvel”, mas não inventou os “coupé cabriolet”, isso foi uma outra marca, a francesa Peugeot, lá nos longínquos anos 30.

Mas em 1996, a marca de Estugarda apresentou ao mundo o SLK, um descapotável que tinha uma capota rígida elétrica, que “só tinha vantagens”. Depois disso, ainda contou com mais duas gerações, uma em 2004 e outra em 2010, tendo o seu nome trocado para SLC de forma a enquadrar-se melhor na gama em 2016. As razões do fim?

As capotas em lona, que evoluíram bastante na parte acústica e térmica, assim como esteticamente é mais fácil para os desenhadores, não prejudica a bagageira, e acima de tudo, é uma solução bem mais barata e bem mais leve! Não terá sucessor direto.

  1. Volkswagen Beetle

Foi o fim de uma era, depois de duas gerações que tentaram estoicamente lembrar o original “Carocha”, o Volkswagen Beetle passou à história em Julho deste ano.

O modelo surgiu originalmente em 1945, e foi produzido até 2003 com um total de 21 milhões de unidades. Nessa altura já era produzido o New Beetle desde 1998, um produto mais premium e emocional que anteriormente. E talvez tenha sido essa a razão da sua falha. A última geração foi apresentada em 2011 e já tinha uma imagem mais “unissexo”, e com melhorias em termos de qualidade.

Na sua vida como “Beetle do séc. XXI” ressalvamos as versões Dune desta última geração e o Beetle RSI, limitado a 250 unidades, e com 225cv de potência.

  1. Maserati Gran Turismo

Este é talvez aquele que mais vai mudar, e o que permaneceu mais tempo no activo. Foi em 2007 que este Maserati GranTurismo foi apresentado, e como o nome indica era um GT, como a Maserati tão bem sabe fazer. Para além disso, também contava com o GranCabrio que terminou também a sua carreira, ambos desenhados por Pininfarina.

Para além de belo, o modelo é (ou era) animado por um V8 de origem Ferrari com 4.7L de cilindrada, e que lhe dava uma sonoridade e carisma como é habitual nos modelos desta casa de Modena.

Pois bem, tudo isso vai mudar, já que o substituto do GranTurismo e GranCabrio será “100% elétrico”, o primeiro da história da marca a adotar esta solução, mas apenas em 2021 ou 2022. Por outro lado, para compensar, a marca também vai lançar um novo “superdesportivo”, já em 2020.

  1. Audi TT

Este é outro daqueles de que custa despedir. O Audi TT surgiu inicialmente em 1995, no salão de Frankfurt. E foi um automóvel que começou por ser desenvolvido por uma equipa de jovens engenheiros e designers, que tentaram criar um interessante coupé 2+2. Em 1998 foi altura de lançar o produto final, passadas três gerações e vinte anos, o modelo diz adeus, pelo menos do tipo que o conhecemos.

Temos de relembrar as versões RS, que na última geração chegaram aos 400cv e os roadsters, sim, porque o TT não foi apenas coupé, como é sabido. A nova geração deverá ser apenas elétrica, mas não surgirá assim tão cedo…

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!