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Jeep Renegade 1.6 Mutijet DDCT

Jeep Renegade 1.6 Mutijet DDCT
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“Fora da caixa”

Todos sabemos que a escolha de um automóvel deve ter em conta grande conjunto de necessidades, tais como o espaço, versatilidade, eficiência, equipamento e segurança. Muitas das vezes, as escolhas mais originais são postas de parte devido a uma, ou uma grande parte dessas premissas, não estar lá. Contudo, no capítulo dos pequenos SUV, isso não acontece, já que as alternativas que temos conseguem ser bastante atrativas e diferentes do resto do ‘cinzentismo’ do mercado.

O Jeep Renegade está no lote dos automóveis que conseguem ser diferentes, e ao mesmo tempo cumprir todas as necessidades que um automóvel familiar precisa. Agora, depois do gasolina 1.4 Turbo e do diesel 1.6 de caixa manual, é a vez do automático “entrar em cena”. Esta versão vem numa altura em que este tipo de transmissões começa a aumentar no que toca a adeptos, oferecendo um maior conforto de utilização, ao mesmo tempo que já não prejudicam, e em certos casos, até melhoram os consumos.

O Renegade tem aquela imagem ‘boxy’ inspirada no Wrangler, um aspecto que não deixa ninguém indiferente (por boas ou más razões). No meu caso, são boas, já que acho que este Jeep foi um grande exercício de design por parte da marca americana, ao aproveitar essa sua tradição num automóvel que pretende, e está a conseguir, aumentar a quota de vendas, muito graças ao usar a plataforma, motores e muitos componentes do seu “primo” Fiat 500X, que também já esteve em ensaio por aqui diversas vezes. Mas se o Fiat parece ser mais talhado para a vida citadina e para as condições normais, o Jeep mostra-se mais robusto, dando uma sensação de ser maior e ter mais espaço interior.

Este interior é também ele cheio de detalhes, embora possua linhas mais rectas que os seus adversários. O painel de instrumentos oferece um leitura fácil, bem como um generoso ecrã que lhe dá as informações necessárias, tal como o que está ao centro do tablier, que inclui a navegação, pecando por ser de pequenas dimensões. Ao volante, contamos com uma posição de condução alta e confortável, os comandos estão dispostos de forma ergonómica, e a alta posição dá também uma boa visibilidade para o exterior. Os restantes passageiros não se podem queixar no que toca ao espaço, conseguindo ser o suficiente para três passageiros no banco traseiro, e as respectivas bagagens também arranjam o seu espaço nos 351L que contam ainda com um alçapão para dividir a carga.

A mover este Jeep está o motor mais vendido, o 1.6 MultiJet de 120cv. Este propulsor conta com uma resposta linear e uma boa oferta de binário (320Nm) logo às 1750rpm. Aqui, diria que isso era bom e não era necessário tanto recurso à caixa de velocidades, mas este modelo está equipado com uma transmissão automática que torna isso desnecessário, portanto, esta explora da melhor maneira o motor, conseguindo passagens rápidas e suaves, mesmo que apresentando algumas (poucas) hesitações.

Dinamicamente, o Jeep Renegade não é um primor, mas não compromete. A direcção tem um bom peso e a suspensão, embora seja mais macia e nos apresente algum rolamento da carroçaria, não nos faz sentir inseguros mesmo quando imprimimos ritmos mais elevados. Mas é também essa suspensão, juntamente com os pneus com um perfil mais elevado, que nos fazem ter vontade de sair do “chato” asfalto para o fora-de-estrada. Em estadões de terra e gravilha, este automóvel consegue ser bastante eficaz e confortável, absorvendo muito bem as irregularidades do piso, mas, quando estamos fora de estrada temos de ter sempre na ideia que este automóvel é isso mesmo, um automóvel e que de Jeep só tem o nome, já que conta com tração dianteira e pneus de estrada, bem como uma altura de entrada baixa. Portanto, não se entusiasme, senão ainda poderá chamar por ajuda para sair de uma embrulhada, com um verdadeiro jipe…

Gostamos do Jeep Renegade, mesmo sabendo que não é o melhor na dinâmica, está uns furos abaixo no que toca a infotenimento a bordo, e os consumos não são os melhores do segmento. Mas gostamos dele porque tem atitude, e na verdade não falta nada. Os preços são justos e o espaço a bordo desafogado. Uma boa aposta para quem se quer distinguir do resto e não ser só apenas mais um!

Jeep Renegade 1.6 MJD 120 FWD Limited DDCT

Especificações:
Potência – 120cv às 3750 rpm
Binário – 320Nm às 1750 rpm
Consumo Combinado Anunciado – 5,6L/100km
Consumo Combinado Medido – 7L/100km

Aceleração 0-100km/h (oficial): 10,2s
Velocidade máxima (oficial): 178km/h

Preços:
Jeep Renegade desde: 22.450€
Preço da Versão ensaiada: 31.690€

Renegade Diesel DDCT
14.6 Pontos
O que gostámos mais:
- Aspecto diferente, - Espaço a bordo, - Robustez
O que gostámos menos:
- Aerodinâmica; - Sistema multimédia;
Resumindo e concluíndo:
Gostamos do Jeep Renegade, não é o melhor na dinâmica, está uns furos abaixo no que toca a infotenimento a bordo, e os consumos não são os melhores do segmento. Mas tem atitude, com os preços a estarem justos. Uma boa aposta para quem se quer distinguir do resto e não ser só apenas mais um!
Motorização16
Perfomances14.5
Comportamento13
Consumos13.5
Interior14
Habitabilidade16
Materiais/Qualidade de construção15.5
Equipamento de Série14.5
Value for Money14.5

“A pontuação acima é totalmente da nossa opinião. Esta, tem a ver com o modelo e versão ensaiadas, tendo em conta o segmento onde a mesma se insere.”

Legenda da pontuação:
0-5: Mau;
6-10: Satisfaz Pouco;
11-15: Razoável;
16-17: Bom;
18-19: Muito Bom;
20: Excelente;

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!