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Cinco modelos que fazem 30 anos em 2020!

Cinco modelos que fazem 30 anos em 2020!
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“Já somos trintões”

Os anos passam rápido, e existe uma “mania” de acharmos que os anos 2000 foram “ontem” e que os anos 90 foram só há dez anos. Pois bem, meus amigos, não é bem assim, hoje um jovem nascido em 2002 já conduz, os anos 2000 foram há 20 anos, e 1990 foi há 30 anos.

Matemática muito fácil, mas que custa a acreditar.

Sendo este ano de 2020, um ano tão redondo e o inicio de mais uma década, resolvemos escolher cinco modelos que “sopram” 30 velas este ano.

Renault Clio

Uma verdadeira historia de sucesso, que ainda hoje continua bem acesa. Até agora, mais de 15 milhões de “pequenos” Renault Clio saíram das linhas de montagem da marca francesa. Em 1990, a marca apresentava aquele que seria o sucessor do Renault 5, modelo que ajudou a marca a crescer nas vendas e também a colocar frança (e não só) sobre rodas. Em 1991, o modelo venceu o prestigiado prémio de “Car of the Year”.

Na altura, para alem de versões pensadas para o público “normal”, também se destacou nessa primeira geração por versões como o Baccara (versão de luxo com equipamento supercompleto na época), o 1.8 16v e o “inesquecível” e cada vez mais valioso Williams (inspirado na equipa de F1 com a qual a Renault trabalhava em conjunto, e com a qual venceu quatro títulos mundiais da disciplina máxima do desporto automóvel).

Como curiosidade, o seu nome deriva de uma musa da mitologia grega. Pelos vistos, tem dado sorte ao modelo.

BMW Série 3 (E36)

Na altura, esteve longe de ser unanime o seu estilo, mas o certo é que foi o salto para uma nova era, um novo estilo, para uma nova década. O novo design não era baseado em questões visuais, mas sim, aerodinâmicas. Uma das suas inovações estéticas, foi o fim dos grupos óticos redondos.

Dono de uma elevada qualidade percetiva, e novos equipamentos tornaram o E36 num sucesso, assim como uma gama completa onde se juntava à normal berlina, uma versão carrinha (finalmente), o coupé assim como o cabriolet. Existiu também uma variante Compact, não tão amada pelos apreciadores da marca, mas que piscava o olho a um público mais jovem.

Obviamente destacam-se as versões M, assim comos os mais potentes motores 6 cilindros em linha, nomeadamente o 325i e o 328i. Até ao ano 2000 (sim, esteve 10 anos em produção), foram produzidos 2,7 milhões de unidades, com muitos a ainda serem vistos nas nossas estradas.

Mercedes-Benz 190E 2.5-16 EVO II

Sim, este é um mito. O Mercedes 190E 2.5-16 EVO II foi a segunda versão de um especial de homologação para o DTM. Por isso a marca produziu-o de forma muito limitada, apenas 502 unidades, o que o torna especialmente apetecível hoje em dia. Destacava-se obviamente pelo estilo exterior mais “musculado” e sobretudo pelo seu generoso aileron traseiro ajustável, que também é o seu destaque principal.

Bem, esse destaque está também patente no seu motor com apenas quatro cilindros, mas com uma capacidade de 2.5L, que debitava 232cv. A suspensão ajustável, permitia que a altura ao solo fosse “afinada” através do interior. Tudo isto numa berlina de 4 lugares.

Os clientes podiam passar o cheque, mas só tinham uma única cor disponível para escolher: a “Blauschwarz”, que quer dizer numa tradução literal “azulpreto”. Na verdade, 500 foram pintadas nesse tom, com duas outras a contarem com um cinzento metalizado, chamado de “Astral Silber” e que hoje são as mais valiosas. A carreira só durou um ano, mas chegou perfeitamente para nos lembrarmos dele.

Ford Escort (Mk V)

Fabricado desde 1968 pela Ford Europe, o Escort era a base da gama no segmento dos pequenos familiares, sendo sucedido pelo Focus, na entrada para o “novo milénio”. Portanto, a quinta e última geração do modelo foi lançada em 1990, e por isso também faz 30 anos de existência.

O seu começo não foi auspicioso, o design não era propriamente cativante, assim como a sua condução que também não era ajudada pelos motores, que tinham vindo da anterior geração. Felizmente em 1992 chegaram novos motores da família Zetec bem como o Escort Cosworth. Só por isso vale a pena falar dele!

O Escort RS Cosworth, basicamente um carro de rally para o condutor de dia-a-dia, era alimentado por um motor 2.0L de origem Cosworth com 16v e debitava algo como 224cv, um valor inédito para a altura em algo deste segmento. A sua velocidade máxima era de 240km/h, e para as curvas contava com os préstimos do sistema de tração integral. Esteticamente era bem mais largo e encorpado que o Escort convencional, e a sua asa traseira era a sua imagem de marca.

Honda NSX

Símbolo máximo da Honda. Em 1990, a marca Japonesa deixou o mundo dos supercarros atónico, o Honda NSX não era apenas “só mais um” desportivo japonês, era uma aventura da marca nipónica para enfrentar o melhor que se fazia na industria.

Com uma grande preocupação na aerodinâmica, sendo testado em túnel de vento, ou no seu baixo peso, com uma construção em alumínio. O Honda NSX conseguiu elevar um patamar e criar um supercarro que poderia ser usado todos os dias. Contava com elementos praticamente inéditos, e uma inspiração nos caças F-16 que inspiraram o seu cockpit. Para além de vários pilotos japoneses, também um brasileiro ajudou no desenvolvimento final deste modelo, um tal de Ayrton Senna.

No lançamento contava com uma variante 3.0L V6 com 274cv, sendo depois alterado em 1997 para o 3.2L também V6 mas com 280cv. Em 2002 existiu um facelift que lhe retirou os “proibidos” faróis escamoteáveis. Existiram variantes mais especiais como a Type-S Zero (mais pura e focada para condução em circuito) e o NSX-R que pesava menos 120kg que a versão normal, totalizando apenas 1230kg.

Desde 1990 até 2005, foram produzidas cerca de 18,000 unidades deste NSX original.

Rodrigo Hernandez Fundador e Director Editorial, criou o MotorO2 em 2012 devido a uma tremenda vontade de escrever acerca da sua grande paixão: os automóveis! Paixão essa que existe mesmo antes de falar, já que a sua primeira palavra foi a de uma conhecida marca de automóveis. Sim, a sério!